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Somos quatro alunas do Colégio de São Miguel - Fátima e estamos a desenvolver um projecto sobre Gastronomia Molecular, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, 12º Ano. Assim, "O que é que um físico, um químico e um cozinheiro têm em comum?" será o ingrediente principal desta cozinha no laboratório.

domingo, 14 de novembro de 2010

Investigadoras ganham prémios


        A Gastronomia Molecular surgiu por volta de 1988, e com o passar do tempo este tema provocou muita curiosidade e interesse por parte de alguns cientistas e chefes de cozinha.
Hoje em dia a Gastronomia Molecular chegou inclusivamente às universidades. Há cursos em Espanha, Alemanha, Itália, França, Austrália, Dinamarca e Suíça.
Portugal não é excepção neste panorama da Gastronomia Molecular, e uma equipa de cientistas interessadas neste tema participaram, já várias vezes, num encontro mundial de cozinha, que decorreu em Paris organizado pelo físico-químico francês Hervé This, considerado a maior autoridade mundial em gastronomia molecular.
A representação portuguesa arrecadou o primeiro prémio, na categoria "amadores", no 1º Encontro de Ciência e Cozinha sob o tema "Mar Imaginário", que decorreu na capital francesa. Maria Loureiro Dias, Catarina Prista, Margarida Guerreiro e Paulina Mata, investigadoras da Universidade Nova de Lisboa e do ISA, às quais se juntou Joana Moura, ganharam a prova com esferas de sopa de peixe sobre algas verdes com sabor a amêijoas à Bulhão Pato; uma receita desenvolvida pelo chefe Luís Baena, chefe executivo da Quinta de Catralvos, que confeccionou a Sopa de Peixe, a que deram uma nova apresentação. Como  diz Joana Moura, "foi um trabalho empreendido ao longo de vários meses. Pretendemos pegar numa sopa de peixe perfeitamente normal e servi-la de uma forma diferente. Depois de congelada a sopa é revestida por um alginato. O interior permanece líquido e coberto por uma camada gelatinosa. As "algas" introduzidas no preparo resultam da mistura do líquido que se desprende das amêijoas com o de espinafres e coentros. O agar agar vem dar a consistência desejada".
No 2º Encontro a mesma equipa de cientistas-investigadoras venceu o primeiro prémio, com um cocktail “molecular” não alcoólico.
Pepitas de framboesas liofilizadas, folhas de menta fresca picadas, pepitas de ouro comestíveis, framboesas e sumo de limão foram os ingredientes. No fim, um extracto de violeta que, em contacto com o limão, faz a cor mudar de roxo para azul. "Parece uma limonada com framboesa. O regulamento não permitia álcool, mas acho que com umas gotinhas de vodka fica ainda melhor...", afirma Joana Moura.
Esta equipa de investigadoras ganhou o primeiro prémio, três vezes consecutivas, assim sendo no 3º Encontro da Ciência, Arte e Cozinha, os “pratos” que lhes valeram este prémio estavam inseridos na categoria “Exploration”, e obedeciam aos temas deste encontro: Jogos de Superfície, em que apresentaram uma sobremesa “com efeito de transparência conjugado com os contrastes de texturas”, e o Sabor Escondido, onde o sabor tradicional do leitão à moda da Bairrada foi servido com um molho espumante efervescente.
 Sopa de peixe em esferas de alginato sobre algas com sabor a ameijoas à Bulhão Pato (Primeiro prémio do I Encontro Ciências & Cozinha-Paris, 2006 ganho por quatro investigadoras portuguesas)

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